Geralmente encontramos dentro dos cemitérios,
que na Umbanda conhecemos como Campo Santo ou Calunga Pequena, o Cruzeiro das
Almas.
Este ponto ficou conhecido como referência para que as pessoas acendessem velas em lembrança e homenagem para as pessoas que ali foram enterradas em um ritual para que suas almas sejam encaminhadas e cuidadas pelos Espíritos de Luz, trabalhadores amorosos de Deus.
Infelizmente
também presenciamos em alguns Cruzeiros “trabalhos” de ordem negativa, que
passam ao largo do conhecimento da pessoa que o fez, o sentido religioso e ético
que este ponto de forças tem dentro da Umbanda. A Umbanda é Luz e sua ação é de
total respeito ao livre arbítrio de cada um, portanto definitivamente não
fazemos nenhum “trabalho” negativo!
O Cruzeiro das Almas é uma passagem, um portal
onde o espírito passa de um plano vibratório, para outro como: no momento do
desencarne, nas passagens de um estado de doença física ou emocional, uma
obsessão complexa ou mesmo simples, mágoas, ódios, rancores e todo sentimento de
ordem negativa para uma situação de cura, equilíbrio e
harmonia.
Aí logo
imaginamos que estamos acompanhados com eguns, quiumbas ou algum espírito
sofredor, mas nos esquecemos que tal qual no Campo Santo, ali também é um ponto
de transformações inerentes a vibração de Omulu o senhor das Almas e das
passagens, e muitas vezes a "vela" não é para os outros que possam estar nos
obsediando, mas sim, para nós mesmos, para podermos com a ajuda de Omulu
transmutarmos algo de ruim que ainda não estamos conseguindo sozinhos resolver
dentro de nós.
Lembramos ainda que o Cruzeiro das Almas de um
Templo Umbandista também tem a função de proteger a Casa de ataques de seres
infelizes, vampiros espirituais, como no Campo Santo é feito.
Logo, nada tem a ver um Cruzeiro das Almas com azar ou chamamentos da morte, isso é fruto de crendices e gente infelizmente ainda mal informada dentro e fora da Umbanda.
Lembramos
que o Cruzeiro das Almas é um ponto de luz e que devemos sempre quando nos
dirigimos à ele devemos proceder como fazemos em qualquer outro campo de força
de atuação vibracional dos Orixás, é primordial o respeito, o bom senso e
principalmente, acima de tudo Fé!
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