A Cruz de
Caravaca é um símbolo de cura que alguns Pretos Velhos da Linha de Omulu gostam
de ter como “ferramenta” de trabalho, por isso, estou colocando algumas
informações interessantes sobre esta relíquia cristã de origem
espanhola.
Os dois
braços representam a distinção patriarcal, denotando uma origem anterior
oriental. Popularmente os dois braços significam fé redobrada. Conhecida
também como a cruz dos 4 elementos, água, fogo, terra e ar.
Segundo a
tradição, apareceu por milagre na cidade de Caravaca, Espanha, em 3 de Maio de
1232 e, por conter fragmentos do Lenho da Cruz de Cristo, é uma “Vera Cruz”,
sendo-lhe atribuido muitos milagres.
Para o
Brasil, parece ter vindo em 1532, com a expedição de Martim Afonso de Souza,
espalhando-se por todo o Nordeste, e desde o início obtendo forte adesão junto
às populações católicas. Depois, em 1549, os jesuítas começaram a chegar ao
Brasil, indo para as Regiões do Sul (as “Missões”, entre Rio Grande do Sul e
Paraguai), trazendo consigo efígies da cruz de dois braços e dando início à
disseminação local, bem como por toda a América espanhola (Flórida, em 1567,
Peru, em 1568, Argentina, em 1586, e Paraguai, em
1588).
A Cruz de
Caravaca é eficiente para curar toda classe de doenças como também inúmeras
práticas para libertação de feitiços e encantamentos com bençãos e exorcismos.
De acordo com a cultura popular e influências diversas, a Cruz de Caravaca pode
adquirir outros nomes: Cruz das Missões, Cruz de Lorena, Cruz de Borgonha, Cruz
de São Miguel, Cruz Missioneira. O significado continua sendo o de proteção, e é
usada em forma de relíquia peitoral ou pedestal.
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