Cipriano – O Feiticeiro – é celebrado no dia 2 de Outubro. Foi um homem que dedicou boa parte de sua vida ao estudo das ciências ocultas. Após deparar-se com a jovem (Santa) Justina, converteu-se ao catolicismo. Martirizado e canonizado, sua popularidade excedeu a fé cristã devido ao famoso Livro de São Cipriano, um compilado de rituais de magia.
A fantástica trajetória do Feiticeiro e Santo da Antioquia, representa o elo entre Deus e o Diabo, entre o puro e o pecaminoso, entre a soberba e a humildade. São Cipriano é mais que um personagem da Igreja Católica ou um livro de magia; é um símbolo da dualidade da fé humana.
O FeiticeiroFilho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.
A Conversão Cristã
Vivia em Antioquia a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.
Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.
A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.
Os Fantasmas
Em um capítulo de seu livro, Cipriano narra um episódio ocorrido após sua conversão:
“Numa noite de sexta-feira, caminhava por uma rua deserta quando se deparou com quatorze fantasmas. Essas aparições eram bruxas que imploravam ajuda. Cipriano respondeu-lhes que havia se arrependido de sua vida de feiticeiro, e que havia se tornado temente a Jesus Cristo. Logo depois caiu em sono profundo, e sonhou que a oração do Anjo Custódio o livraria daqueles fantasmas. Ao despertar teve uma breve visão do Anjo. Assim, auxiliado pela oração de São Gregório e do Anjo Custódio, esconjurou e livrou a alma atormentada das bruxas.”
A Morte
As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro. Não cederam.
Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiroAthanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.
O Livro
O famoso Livro de São Cipriano foi redigido antes de sua conversão, mas o mistério que envolve a vida do Santo interfere também em seu livro. Uma parte dos manuscritos foi queimada por ele mesmo. A questão é que não se sabe quando, e por quem os registros foram reunidos e traduzidos do hebraico para o latim, e posteriormente levados para diversas partes do mundo.
No decorrer dos anos, o conteúdo sofreu alterações significativas. Houve uma adaptação de acordo com as necessidades e possibilidades contemporâneas; além da adequação necessária na tradução para os vários idiomas. Esses fatores colocam em dúvida a fidelidade das versões recentes, se comparadas às mais antigas.
Atualmente, não é possível falar do Livro, mas sim dos Livros de São Cipriano. As edições capa preta e capa de aço; ou aquelas intituladas como o autêntico, o verdadeiro, ou o único, enfatizam um mesmo acervo mágico central, e ainda exaltam o cristianismo e a vitória do bem sobre o mal. Porém, existem grandes diferenças no conteúdo. Enquanto alguns exemplares apresentam histórias e rituais inofensivos, outros apelam para campos negativistas e destrutivos da magia.
No Brasil, o Livro de São Cipriano é usado largamente nas religiões afro-brasileiras, e se tornou um “almanaque ocultista” de fácil acesso que se dilui na crendice popular. Há ainda os mitos que o cercam: muitos consideram ser pecado possuí-lo ou simplesmente tocá-lo. De qualquer forma, o tema São Cipriano e tudo que o cerca, é um campo de estudo e pesquisa muito interessante para os ocultistas, religiosos e aventureiros.
São Cipriano
O Mago dos Magos, o santo de Deus
Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia.Antioquia era uma cidade antiga erguida na margem esquerda do rio Orontes, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa, Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também aqui que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.
Historicamente, há quem defenda que São Cipriano Bispo de Cartago, ( Cartago, o coração do grande império fenício que existiu no Norte de Africa e que rivalizou com o império romano pelo controlo do mediterrâneo) e são Cipriano de Antioquia,( de cognome «o feiticeiro», ou «o mago dos magos»), nascido na cidade que existiu na zona entre Turquia e Síria, e que era chama «a mais bela cidade do oriente», são figuras históricas totalmente distintas. Ao contrario, muitas outras fontes afirmam que São Cipriano o Bispo de Cartago, e São Cipriano «o Feiticeiro», se tratam da mesma figura histórica, sendo que por motivos de ocultação da vida pecaminosa de São Cipriano antes da sua conversão, se procurou criar a ideia que o São Cipriano santificado era uma figura totalmente distinta do São Cipriano o bruxo, assim retirando de São Cipriano o Bispo e o Santo, a pesada macula de todos os seus anteriores pecados. São teses históricas, umas mais defensáveis que outras, mas que de qualquer das formas são unânimes em confirmar a existência de São Cipriano. Cremos pessoalmente, que tal como afirmam as mais ilustres obras que versam sobre São Cipriano, que Cipriano o Bispo de Cartago, e Cipriano o Bruxo, são a mesma pessoa.
Quanto a São Cipriano de Antioquia, o bruxo e santo:
Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por “Antioquia, a bela”, ou a “rainha do Oriente”, ( tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante), a população era maioritariamente romano -helénica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem era famosas nesta cidade.
Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu, havendo sido admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos.
Filho de Edeso, ( pai), e Cledónia , ( mae), Cipriano nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos. Assim, Cipriano dedicou a sua vida ao estudo das ciências ocultas, sendo que ficou conhecido pelo epíteto de o «feiticeiro». Cipriano alcançou grande fama e o seu nome foi reconhecido enquanto um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.
Cipriano nasceu em 250 d.C. Era descendente de uma prospera família e filho de pais abastados e crentes das divindades pagas , que cedo o entregaram ao sacerdócio de Deuses.
Cipriano entrou assim em contacto com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação, etc.
Cipriano não se limita aos seus estudos no sacerdócio em Antióquia, e desejando aprofundar os seus estudos ocultos,viaja pelo Egipto e pela Grécia, angariando conhecimento com vários mestres e sacerdotes místicos; ele estuda desde as mais ancestrais técnicas astrológicas, á numerologia hebraica, e demais artes misticas.
Por volta dos seus 30 anos, Cipriano encontra-se estabelecido na Babilónia, onde encontra a bruxa Èvora.
Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus.
Após o falecimento da Bruxa Évora, Cipriano herda os manuscritos esotéricos da Bruxa Évora, dos quais extrai muita da sua sabedoria oculta.
Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra, contactando demónios.
Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.
(Sobre como um bruxo ou bruxa se tornam servos do demónio, consultar Bruxas e Demónios, assim como o Malleus Maleficarum e Sabbath),
Com os poderes infernais que lhe advinham que dialogar directamente com os demónio e pedir-lhes a concretização de favores, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama, produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprecedível reputação de grande feiticeiro ou mago.
Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis. São Cipriano viveu assim uma vida de bruxarias e riquezas, sendo que dizem certas lendas que São Cipriano foi dono de um fabuloso tesouro, onde se encontravam tanto os seus manuscritos secretos sobre assuntos místicos e bruxaria, como uma fortuna financeira incalculável, adquirida através do exercício das suas artes esotéricas.
Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos, e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido, quando foi contactado por um rapaz de nome «Aglaide», ( ou Adelaide).
O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela Cristã de nome Justina.
Aglaide tinha encontrado o consentimento dos pais de Justina quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza, oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo, Justina recusou-se casar.
Desgostoso mas com forte determinação em possuir Justine, Adelaide encomendou os serviços de Cipriano, o «mago dos magos», grande estudioso e sabedor dos conhecimentos do oculto.
Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, levando-a a abrir-se e oferecer-se a Aglaide, ao passo que renunciando á sua fé Cristã.
Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, e contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito.
Para espanto de Cipriano, todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações
Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim a leva-las a entrar pelos caminhos da luxúria, conquistando-as para si mesmo, ( a favor do diabo, a quem com a perversão lhes vendia as almas ), ou para as abrir a quem lhe encomendava os serviços de feitiçaria, Cipriano não consegue entender o que se estava a passar.
Ele encontrou muitas dificuldades, sendo que pediu ao demónio que perseguisse a jovem e bela Justina, ora lançando-lhe forte tentação e inflamando-a se desejo carnal, ora atormentando-a com visões e aparições, ora tentando-a vergar com todo um ardil diabólico, que ia de doenças, a todo o tipo de enfermidade. Noite após noite, a pedido de Cipriano, o demónio visitava a jovem Justina com a sua infernal quantidade de seduções e castigos. Nada resultou.
Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que ate então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora se verem derrotadas por uma mera donzela com fé em Deus e em Cristo.
Aconselhado por Eusébio, ( um amigo seu), e observando o poder da fé de Justine, Cipriano concerteu-se ao Cristianismo.
Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu grande parte das suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.
Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente atormentado por espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas o pretendiam reconduzir aos caminhos da feitiçaria.
Cipriano viveu uma vida de castidade e virtude, vindo a ser ordenado sacerdote, e mais tarde alcançado a posição de Bispo de Cartagena.
A fama de Cipriano era contudo grande e as notícias da sua conversão ao cristianismo chegaram á corte do Imperador Diocleciano que á data tinha fixado residência na Nicomédia.
Cipriano e Justina foram perseguidos, aprisionados e lavados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar a sua fé. Naquele tempo, muitas das perseguições contra os cristãos visavam fazer os fiéis abjurar, ou seja, renunciar á fé em Cristo. A esses cristãos, cuja a vida era poupada, chamavam-se: lapsi
Consta que Justina e Cipriano, foram por isso violentamente torturados, na tentativa de os levar á «abjuração».
Justina foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de pentes de ferro.
Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não renegou a sua fé, e Justina manteve-se sofredoramente fiel a Deus.
Conta a lenda, que outros grandes tormentos foram infligidos a Cipriano e Justina, sendo que ambos saíram ilesos, por obra de um milagre de Deus.
Perante a recusa de Cupriano e Justina em renunciar á sua fé, e enraivecido perante o milagre que teimava em salvar Cipriano e Justina das torturas, o imperador ordenou a sua condenação á morte.
Cipriano e Justina foram decapitados a 26 de Setembro de 304 d.C, juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade.
Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Um grupo de cristãos comovidos pela barbaridade, recolheu-os.
Mais tarde, o imperador Cristão Constantino, (272 – 337 d.C. ), ouviu falar de São Cipriano.
O imperador Constatino foi o primeiro imperador Romano a confirmar o cristianismo como religião oficial. Diz a lenda que na noite antes de uma batalha decisiva ás portas de Roma, o imperador sonhou com uma cruz e ouviu uma voz que lhe disse:«sob este símbolo vencerás».
Constantino interpretou o sonho como uma mensagem de Deus, e de facto venceu a batalha e conquistou o mais alto cargo de poder do império romano. Governou o império ate morrer.
Foi Constantino que convocou o concilio de Niceia, onde se fixou a data da Páscoa crista, assim como se decidiu sobre a natureza divina de Jesus. Foi também Constantino que através do Èdito de Constantino, fixou o domingo como dia de descanso cristão, o correspondente ao Sabbath judaico.
Constantino ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada na praça com o mesmo nome em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa. A basílica de São João de Latrão, (Archibasilica Sanctissimi Salvatoris), é a «mãe» de todas as igrejas, aquela na qual o Santo Padre exerce o seu mais alto oficio divino.
A Basílica de São João de Latrão encontra-se localizada na praça de mesmo nome em Roma e é a Catedral do Bispo de Roma: o Papa. O seu nome oficial é «Arquibasílica do Santíssimo Salvador», e é considerada a “mãe” de todas as igrejas do mundo.Foi na «Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput», ( mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo), que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.
Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino á vida no esplendor da sua existência:
do Diabo a Deus, dos anjos aos demónios, da feitiçaria é fé crista, da magia negra á magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu.
Do pecado á virtude, da luxúria á santidade, da riqueza á pobreza, do poder á martirização, se alguém é digno de um percurso existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.
Controverso e polémico, em São Cipriano a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais, ( do mais profano excesso, á mais sacrificada ascese), encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.
Outras figuras houveram como ele ao longo da história:
Maria Madalena amava profundamente a luxúria e era prostituta, uma mulher totalmente entregue ao prazer da carne, da vaidade e da luxúria, e que mais tarde viria a ser Santa; Paulo perseguia a matava homens e mulheres inocentes apenas por serem cristãos. Era um sanguinário predador de homens, um assassino que assistiu á morte de São Estêvão, (o primeiro mártir), e que perseguiu e matou cristãos na estrada que conduzia a Damasco, e que depois ascendeu a Santo; Maria Egípcia, viveu na Alexandria, ( Egipto), onde se tornou prostituta. Não vendia o corpo pensando em dinheiro, mas apenas pelo vício do prazer. A quem lhe queria pagar, ela recusava o dinheiro e dizia que se prostituía apenas para ter quantos homens fosse possível, fazendo de graça o que lhe dava prazer. Também ela se tornou Santa Maria do Egipto, a ermitã.
A história está repleta de santos que foram pecadores, e de grandes pecadores que se tornaram santos.
São Cipriano é também um desses exemplos da natureza humana em toda a sua complexa extensão:
- de pecador dedicado á feitiçaria, considerado o «mago dos magos», apelidado como o «discípulo preferido do Diabo», conquistando pela bruxaria belas mulheres para as entregar ás mãos do Diabo e da luxúria, e construindo fortuna com fundamento na pratica do ocultismo, chegou a santo na mais devota e redentora assunção do termo.
Muito mais que apenas um feiticeiro, ou apenas um santo: é um símbolo da mais íntima natureza humana, na sua ampla dualidade. São Cipriano, foi bruxo de grande poder, bispo de grande sabedoria e santo de grande nobreza. Por tudo isso, ( e tal como Maria Madalena, que foi pecadora e encontrou a luz em Cristo), São Cipriano foi um exemplo que redenção e salvação. Os seus saberes contudo, abrem as portas á magia negra mais poderosa, ou á magia branca mais celestial. Cabe a cada um de nós, usar os saberes de São Cipriano em consciência, e de acordo com as nossas escolhas.
São Cipriano ficou famoso tanto pela sua vida de escândalos e luxúria, como pela pratica da mais poderosa bruxaria, ( que aprendeu tanto nos templos das Deusas da fertilidade, como com a famosa Bruxa Évora), como pelos muitos milagres que fez depois de se converter ao cristianismo, ( o que o levou a ser um dos mais bem sucedidos evangelizadores do seu tempo), e por ultimo pela sua morte como mártir em nome da Fé.
Contam as lendas que São Cipriano, através dos conhecimentos obtidos com a bruxa Évora, terá feito um pacto com um demónio. Por causa desse pacto, São Cipriano ter-se-ia entregue a uma vida de luxúria e pecado, por forma a satisfazer o demónio, entregando belas mulheres á perdição e perversão das seduções carnais. Desse pacto demoníaco celebrado por São Cipriano, conta-se que lhe advieram os extensos poderes mágicos com os quais o bruxo realizou incontáveis trabalhos místicos, que lhe renderam uma fama sem precedentes.
Dizem algumas fontes, que os manuscritos de São Cipriano ainda existentes, (que podem ser usados tanto para o bem, como para o mal), encontram-se conservados na Biblioteca do Vaticano, e que os livros que presentemente existem no mercado são excertos retirados dessas obras originais.
Nos saberes de São Cipriano, é claro de embora Cipriano haja renunciado á prática das artes da feitiçaria, ele por vezes podia ensina-la a quem se encontrava em perigo ou tormentos, a fim de auxiliar essa pessoa, se assim fazendo-o então o santo conquistasse mais uma alma para a salvação da cristandade, o que apenas atesta que magia usada para operar em Deus e a bem da salvação de uma alma cristã, é uma coisa boa e virtuosa.
Seja como for, São Cipriano é um Santo e Bruxo milagreiro, cujas as graças já favoreceram milhares de sofredores por todo o mundo, em todo o tipo de situações mais desesperadas. O dia de São Cipriano é celebrado a 2 de Outubro, sendo que na última noite desse mesmo mês, a 31 Outubro( para 1 Novembro, a noite mais longa do ano), é celebrado o dia dos mortos, ou o dia das bruxas. O mês 9 de todos os anos, é um mês de profunda tradição na bruxaria.
E sobre são Cipriano, eis que muitos por isso perguntam:
Deve-se venerar a são Cipriano «antes» ou «depois» da sua conversão?
Responde-se:
Deve-se olhar a são Cipriano no seu «todo», ou seja, deve-se olhar para «todo» o homem e para «toda» a vida do santo, pois que da mesma forma que não é possível partir um homem ao meio, então também não é possível conhecer ao santo dividindo-o em dois.
E por isso:
Como se poderá alguma vez compreender a mensagem e o ensinamento do santo, se não se olhar a «toda» a sua vida, e a «toda» a sua vivencia?
Acaso será possível ter vinho negando as uvas? Ou acaso será possível fazer o pão desprezando ao grão da farinha? Como podereis edificar uma grande casa sem o pequeno tijolo?, pois acaso não é necessário um para construir ao outro?
E então: como podereis entender á vida de um santo se não olhardes a «toda» a sua vida?, e como podereis compreender á mensagem de um santo se não observardes «toda» a sua vivencia?, da mesma forma que como podereis entender um livro se apenas lerdes metade dele, e deitardes fora a outra metade do livro?
E na verdade: como poderia são Cipriano verdadeiramente ter compreendido que no mundo do espírito não há Senhor acima de Deus, se o santo não se aprofundasse nas mais obscuras e ocultas vivencias místicas?, de forma a em certo momento entender que até o Diabo, ( ele assim o confessou a são Cipriano), é um anjo submetido ao poder de Deus?, e que nem o poder do maior anjo ou do maior demónio conseguem vencer ao poder de Deus?, e que todas as coisas estão submissas e submetidas a Deus?, e que nada sucederá neste mundo se Deus não o permitir?, pois que o poder de Deus suplanta e supera todos os demais poderes?
E por isso: toda a vida do santo deve ser olhada, pois que o santo nem negou ás coisas do espírito, nem negou ás coisas da santidade; E o santo não negou nem ás coisas místicas, nem negou ás coisas de Deus; E antes porem, o santo tudo isso viveu, e tudo isso vivenciou, para deixar ao mundo um legado e uma mensagem de fé, e essa mensagem foi tal conforme já nas escrituras é anunciado, onde assim está escrito:
o SENHOR DOS ESPIRITOS (…) se manifestou
2 Macabeus 3,24
Pois então:
Deus é «Senhor dos espíritos», e «Deus» é «Senhor» de «todos os espíritos», e «Deus» é «Senhor» de «todas» as coisas do «mundo do espírito», e por isso no «mundo do espírito» nada dará fruto se Deus não quiser, e com Deus tudo dará fruto.
E no fundo, era esta uma das mensagens de são Cipriano, pois que ele que tantos prodígios conseguiu alcançar com as suas magias, porem acabou concluindo que as suas mais poderosas magias apenas davam fruto quando Deus permitia, e porem quando Deus não permitia então não havia fruto possível.
E por isso, eis que assim são Cipriano acabou observando na sua obra:
«(…) Disse o demónio - Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»
Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»
Pois então:
Se não fosse «toda» a vida do santo, tanto antes como após a sua conversão, então jamais tamanha «chave» lhe teria sido dada, para que se lhe permitisse verdadeiramente vislumbrar as leis do mundo do espírito, e assim deixar um legado de sabedoria inigualável.
E por isso, assim se pode entender da mensagem de são Cipriano:
«Deus» é espírito, e «Deus» é o «Senhor» dos espíritos, e por isso todas as «coisas do espírito» são de «Deus», e todas as coisas do «mundo do espírito» são as coisas do «reino de Deus»; E por isso, todas as coisas do espírito são boas se vividas em Deus, e todas as coisas do espírito dão fruto se vividas com Deus, e porem sem Deus não há prodígios possíveis, e fora de Deus não há maravilhas.
E por isso, são Cipriano falando das suas artes mágicas e místicas, assim disse na sua obra:
«(…) havemos de notar que tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»
Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36
Ou seja: assumiu são Cipriano que tudo quanto foi feito na sua obra, ( seja magia branca, ou magia negra, ou encantamento, ou feitiço, ou conjuração, ou invocação), tudo é feito em Deus, e com Deus; assume por isso são Cipriano, que a «magia» é coisa do «espírito», e que por isso toda a coisa da «magia» sendo coisa do «espírito» é coisa do «mundo do espírito», e o «mundo do espírito» é o «reino de Deus», e por isso não há «magia» que possa dar fruto fora de «Deus», e com «Deus» toda a «magia» é invencível.
Ou seja, sobre as artes do espírito, e sobre a magia, e sobre os misticismos, eis que são Cipriano acabou ensinando tal conforme assim está escrito:
tudo o que Deus criou é bom, e nada é desprezível se tomado com acção de graças, porque é santificado pela Palavra de Deus e pela oração
1 Timóteo 4,1;4
Pois então: todas as coisas do mundo do espírito são boas e nenhuma é desprezível, se elas foram vividas em Deus, e se praticadas com Deus.
E por isso, a todos aqueles que acusando o santo por causa das suas sabedorias místicas e do espírito, então julgam poder dividi-lo em «antes» e «depois» da sua conversão, então a esses as próprias escrituras lhes respondem como assim está revelado:
todas as coisas Te servem a Ti
Salmo 119,91
Pois então:
Deus é Senhor de todas as coisas, e por isso todas as coisas servem a Deus, e por isso todas as artes do espírito serão desaconselhadas se praticadas fora de Deus, e porem todas as artes do espírito, ( sejam elas de magias «negras», ou magias «brancas», ou qual for a sua «cor»), eis que todas as artes do espírito são boas e virtuosas se praticadas com Deus, e em Deus.
E assim sendo:
São Cipriano jamais renegou ás magias e aos portentosos prodígios que delas podem nascer; porem são Cipriano também não negou a Deus, e converteu-se, e morreu mártir pela fé em Cristo. E por isso, a lição do santo foi: as magias existem, e são coisas do espírito, e elas darão bom fruto se forem operadas na fé em Deus, por Deus, e jamais fora de Deus, pois que fora de Deus não há maravilhas do espírito.
São Cipriano veio assim servir um novo e diverso pão de esperança, e o santo veio oferecer um novo e amplo vinho de espiritualidade, e todo esse novo fruto reside no ensinamento de são Cipriano, e o ensinamento deve ser olhado no «todo» e não apenas na «parte».
Nalgumas doutrinas, são Cipriano é apontado enquanto o santo Padroeiro de magos, magas, bruxos, bruxas, necromantes, feiticeiras, espíritas, e de todos aqueles homens de fé que operam nas artes do espírito e do oculto.
Sendo o santo protector desta classe de homens de fé e ocultistas, são Cipriano assume-se como o santo protector dessas artes e de seus artificies, sendo que a são Cipriano se pede protecção e intercedência em todos os empreendimentos místicos e obras do espírito, procurando sempre que através da intercedência do santo, todos os processos espirituais sejam bem sucedidos, e porem sempre norteados pela luz de Deus, pois que como são Cipriano descobriu: com Deus tudo é possível edificar no espírito, e sem Deus nenhum fruto florescerá no espírito.
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Seis breves apontamentos sobre saberes gerais dos ensinamentos ocultos de S. Cipriano
I
Sobre a natureza da magia, assim dizem os saberes de S. Cipriano:«A magia é a arte de submeter as potências da natureza á vontade humana. Entre essas potências, há as entidades invisíveis, espíritos, génios, demónios, evocados mediante fórmulas, orações, encantamentos, talismãs, Pentáculos, filtros, e outros agentes naturais»
Obra de S. Cipriano, pag 222, Capitulo «A Magia»
II
São 5 os tipos de orações que São Cipriano ensinou, e servem elas para:
«Para rogar a Deus pelas almas boas; Para esconjurar os espíritos maus; Para curar moléstias; Para conjurar encantos (…); Para se fechar uma morada ou um corpo (…)»
Obra de S. Cipriano, Pag. 37, capitulo «Instruções a todos os religiosos»
III
Sobre a oração, assim dizem os saberes de S. Cipriano:«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»
Obra de S. Cipriano Pag 391
IV
Segundo os saberes de S. Cipriano, existem conjuros de Magia Negra, para fins de «mandar os espíritos tentar qualquer pessoa de quem desejamos qualquer coisa». Devem-se ao celebrar tais conjuros, respeitar cinco regras, e elas são:«Não pode ir o conjurador com mais de duas pessoas; não se pode fazer (..) conjuração senão de noite das onze horas ás duas horas, e em lugares solitários. (…) o conjurador deverá ir vestido de preto e nenhuns dos cicunstantesdeverá levar sinais sagrados»
Obra de S. Cipriano Pag 332, Capitulo «Grande Conjuração de Magia Negra»
V
Sobre a bruxaria, sua natureza, seus poderes e os seus limites, assim dizem os ensinamentos de S. Cipriano:
*
Obra de S. Cipriano; Pag 41, Capitulo «Os bruxedos no tempo de São Cipriano»
*
Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»
*
Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»
*
Obra de S. Cipriano, Pag 28 Capitulo «Conversão de S. Cipriano»
VI
Dizem o saberes de S. Cipriano que uma amarração com recurso a magia negra, desperta sobre a sua vitima, tanto tentações como tribulações, conforme seja necessário para forçar uma certa criatura a aceitar um fim amoroso que ela não deseja. Desde infortúnios a tentações carnais, as astúcias demoníacas operam de diversas formas, conforme se pode ler:«Aglaide resolveu apelar para outros recursos, e foi procurar Cipriano, o mago dos magos (…) Atendendo á solicitação, Cipriano valeu-se de todos os recurso da sua arte magica para satisfazer o moço enamorado (..) Cipriano fez com que jovem fosse presa de fortes tentações e ficasse apavorada durante noites com aparições (…) Foi aquele demónio a casa de Justina, procurando excitar-lhe o espírito e acender-lhe os desejos da carne(…) Perturbada pela influencia diabólica, Justina (..) sentia incendiar-se-lhe na carne a chama do desejo (…) a jovem (…) sentiu ímpetos de buscar amante fosse como fosse (..) o príncipe das trevas(…) vingou-se desencadeando (..) uma série de doenças de toda a sorte»
Obra de S. Cipriano, Pag.s 27-31, Capitulo « A Conversão de S. Cipriano»
Através dos seus saberes ocultos, S. Cipriano conseguiu alcançar grandes prodígios, apossando-se dos amores de Elvira e permitindo que uma bruxa alcançasse milagroso sucesso nos seus serviços à filha do conde Everaldode Saboril.
Contra o seu poderio de artes magicas, apenas Santa Justina lhe resistiu pois que Deus não permitiu que o seu feitiço produzisse fruto. Contudo, mesmo assim está escrito que:
«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor e serviriam futuramente (…) »
Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum
S. Cipriano ensina nos seus escritos, que perante o tamanho poder do feitiço e do encantamento da bruxaria, apenas a Deus pode impedir o seu resultado, pois o santo assim mesmo o observou junto de Santa Justina. Há excepção disso, o saber oculto de S. Cipriano é capaz de abrir portas a um poderosíssimo contacto com os espíritos. Os saberes ocultos de S. Cipriano são por isso e reconhecidamente, uma inigualável fonte de ensinamentos místicos, que já operaram prodígios e favorecimentos por todo o mundo, através de uma das maiores autoridades históricas e espirituais no mundo esotérico.
São Cipriano
Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.
A CONVERSÃO CRISTÃ
Vivia em Antioquia a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.
Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.
A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.
A MORTE
As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro. Não cederam.
Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.
O fato mais curioso da vida de São Cipriano é dele ter queimado seus Manuscritos e tempos depois reapareceu o livro de Capa Preta. Ninguem sabe como ele reapareceu, mas foi traduzido para várias linguas incluindo o portugues.
Vários outros livros apareceram usando o nome de Cipriano, e o próprio livro de Capa Preta dizem ter sido muito alterado com o tempo.
O Livro é repleto de magias negras pesadas incluindo a Oração da Cabra Preta!