terça-feira, 9 de abril de 2013

RAMATIS EXPLICA SOBRE AS BENZEDEIRAS

PERGUNTA: – Ser-vos-ia possível dizer algo sobre o tradicional benzimento do “quebranto” das crianças, o qual é levado a sério em muitos lares brasileiros, embora repudiado como tolice pela ciência acadêmica?
RAMATÍS: – Realmente, a maioria das mãezinhas brasileiras confia no sucesso do benzimento contra o chamado “quebranto”, e o responsabilizam pela apatia, sonolência, melancolia, inquietação, tristeza e inapetência dos seus rebentos queridos. Trata-se de perturbações morbígenas, que são atribuídas à projeção de fluidos de inveja, ciúme ou despeito lançados pelas pessoas de “mau-olhado”. Aliás, não vos deve ser desconhecido o caso de aves, animais e flores, que se abatem, adoecem e murcham depois que certas criaturas possuidoras de “olhos ruins”, os desejam ou invejam.
Embora a Medicina e os cientistas terrenos considerem o “quebranto” uma velha e tola superstição, o certo é que ele exerce-se disciplinado por leis tão lógicas como as que também coordenam o curso e a estabilidade das órbitas eletrônicas no seio dos átomos. Os fluidos etéricos e rnalfazejos projetados pelas criaturas invejosas, ciumentas ou despeitadas podem acumular-se no perispírito indefeso das crianças e chicotear-lhes o duplo etérico, perturbando o funcionamento normal dos “chacras” ou centros de forças etéricas.
O “chakra esplênico”, situado à altura do baço, no duplo etérico, responsável pela vitalização e pureza sanguínea, é o centro etérico que mais sofre e se perturba sob os impactos ofensivos dos maus fluidos, pois reduz a entrada do fluxo prânico, e afetando a saúde da criança, ela perde a euforia de viver, ficando triste e melancólica. Restringindo o tom energético do metabolismo etéreo ou magnético vital, o perispírito também é afetado no seu intercâmbio com a carne na sua defensiva natural.
O fenômeno do “quebranto” lembra o que acontece com certas flores tenras e sensíveis, que murcham prematuramente sob as emanações mefíticas dos pântanos. E o benzimento é o processo benfeitor que expurga ou dissolve essa carga fluídica gerada pelo “mau-olhado” sobre a criança, ou mesmo exalada de certas pessoas inconscientes de sua atuação enfermiça sobre os seres e cousas.
O benzedor do quebranto também bombardeia e desintegra a massa de fluidos perniciosos estagnada sobre a criança ou seres afetados desse mal, desimpedindo-lhes a circulação etérica. Embora os sentidos físicos do homem não possam registrar objetivamente o processo terapêutico de eliminação do quebranto, a criança logo se recupera.
PERGUNTA: – Há fundamento de que basta benzer a “touca” da criança afetada pelo quebranto, para então produzir-se o mesmo êxito terapêutico, como se ela estivesse presente ao benzimento?
RAMATÍS: – Considerando-se que a matéria é energia condensada, é óbvio que todos os objetos e cousas do mundo material emitem ondas “eletromagnéticas” e radiações do seu corpo ou duplo etérico, de cujo fenômeno originou-se a ciência da radiestesia, ou seja, o estudo e a pesquisa dessas emanações radioativas. Conforme já explicamos nesta obra o radiestesista sensível consegue identificar até as doenças alheias e prescrever a medicação certa, quer o faça pelo exame pessoal, como pela auscultação de um pouco de cabelos, um anel, um lenço ou mesmo de qualquer objeto de uso pessoal do enfermo.
No caso do benzimento da touca da criança com quebranto, o benzedor potencializa o duplo etérico da mesma pelo exorcismo fluídico e acelera o seu circuito magnético para uma ação dispersiva no foco virulento. Atrai as energias fluídicas benfeitoras, concentra-as na touca e depois as dinamiza pela sua vontade e pelo treinamento incomum. Então, quando a touca é colocada na cabeça da criança com quebranto, o potencial vigoroso concentrado pelo benzedor dispersa as forças daninhas, tal qual o reator atômico ativa e acelera as órbitas eletrônicas no seio nuclear dos átomos.
Quando a Ciência terrena aperceber-se da contextura sutilíssima do duplo etérico e da fisiologia dos chakras, cujo corpo imponderável é também fonte do ectoplasma mediúnico, ela então poderá solucionar inúmeras incógnitas na esfera da patologia humana, pois identificará desde o mecanismo oculto da ação hipnótica, o centro mórbido da epilepsia, a base imponderável das premonições e a natureza mais etérica de certos vírus e bacilos desconhecidos, muito afins a certas moléstias de cura dificultosa como o câncer.
PERGUNTA: - Em certo capítulo desta obra dissestes que o benzimento, a simpatia e o exorcismo também podem curar os doentes sensíveis a essa terapêutica exótica. Podeis explicar-nos melhor esses fenômenos de cura?
RAMATÍS: - Embora a medicina acadêmica explique cientificamente todas as vossas moléstias, há certas enfermidades, e em particular as de pele, que realmente são curáveis pelo processo de benzimentos, simpatias, exorcismos ou passes mediúnicos. Nada existe de misterioso nessa técnica terapêutica, pois o seu sucesso deve-se ao fato de o benzedor ou passista projetar sobre o doente o seu magnetismo hiperdinamizado pela sua vontade e vigor espiritual.
Em verdade, desde os tempos imemoriais existiram criaturas que benziam e curavam eczemas, impingens, “cobreiros”, feridas malignas, manchas, verrugas, cravos e nódulos estranhos que afetam o corpo humano. Outras sabiam eliminar bicheiras, as doenças do pelo do animal e também o “quebranto”produzido pelas pessoas de “mau-olhado”, cujos fluidos ruins afetavam as crianças, os vegetais e as aves.
PERGUNTA: - Mas os cientistas terrenos acham que tudo isso são lendas ou superstições tolas. Que dizeis?
RAMATÍS: - No século atual, realmente, esse êxito terapêutico é bem mais reduzido porque o homem moderno, além de sua descrença habitual ou do seu vaidoso cientificismo do século atômico, “fecha-se” de modo negativo à ação benfeitora dos fluidos e das energias que lhe são projeta das no processo oculto de benzimentos, exorcismo ou simpatia.
O indivíduo demasiadamente racionalista é escravo de sua personalidade e vaidoso do seu intelecto. Deste modo, ele torna-se impermeável à terapêutica dos benzimentos, cujo processo esotérico é sensibilissimo e exige muita receptividade magnética. Aliás, a atitude de “fé” ou de “humildade” favorece certas criaturas para o êxito dos tratamentos magnéticos ou homeopáticos, pois amplia ou aumenta a sua receptividade ou absorção do fluxo das energias curativas que lhes são transmitidas no tratamento.
Mas acontece que os enfermos, em geral, só procuram os benzedores quando já se encontram completamente desiludidos da farmacologia e da medicina do mundo. Só recorrem a essa terapêutica depois de saturados de injeções, pomadas, sulfas, antibióticos e drogas alopáticas, algumas das quais são ofensivas à própria natureza psíquica do homem.
Então, já minados por remédios violentos que provocam novas intoxicações, tornam-se refratários ao processo delicado do tratamento fluídico. E assim, por exemplo, um eczema que é de natureza mórbida “mais fluídica” ou psíquica, também se torna mais resistente aos benzimentos, porque a sua erupção foi agravada pelas medicações agressivas ou irritantes.
Sem dúvida, devemos louvar a medicina moderna pelo seu esforço na solução das afecções cutâneas, e, também, pela tarefa profilática contra os tratamentos perigosos, anti-higiênicos e supersticiosos, próprios dos curandeiros ignorantes ou farsantes, que negociam com a dor humana.
No entanto, como os eczemas ou os “cobreiros” têm sua causa principal nos maus fluidos psíquicos produzidos pelo próprio enfermo, em geral, são incuráveis pelos métodos tradicionais da medicina acadêmica. Malgrado a crítica dos médicos contra o empirismo terapêutico dos benzedores ou passistas, essas infecções cedem e desaparecem sob a terapia dos benzimentos, passes ou exorcismos porque o magnetismo vivificante dispersa os fluidos ruinosos concentrados na parte afetada.
 
Por: Ramatís – Médium: Hercílio Maes – Do livro Mediunidade de Cura – Editora do Conhecimento
Fonte: Ramatís Missão de Luz

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