Ser feliz e fazer o bem não importa a quem. Esses são os conselhos de dona Antônia Fernandes Silva - mais conhecida como a benzedeira Toinha, para se chegar aos 89 anos de idade, desfrutando de boa saúde, lúcida e ativa em seus afazeres.
Dona Toinha, que nasceu em Caicó, no dia 17 de agosto de 1923, comemorou seu aniversário na tarde desse sábado, 18, no CCTAN, cercada de familiares e amigos. A benzedeira mais conhecida de Parnamirim e, talvez, uma das últimas que ainda cultiva essa tradição chegou à cidade no ano de 1984, acompanhada do filho José Inácio Neto.
Aprendeu a arte de benzer com um indiano que chegou em Caicó para trabalhar. “Aprendi ainda menina, mas sempre tive muita fé. E, desde então, não parei mais”, conta dona Toinha que ainda hoje benze crianças e adultos para curar olhado, ventre caído e dores de cabeça. “Eu não curo, o que cura é a fé das pessoas e a fé que eu tenho em Jesus Cristo”, justificou.
Dona Toinha utiliza um ramo para benzer e se proteger das energias negativas. “O olhado fica todo no ramo, quando eu benzo”. Quem já não passou pela Rua Aspirante Santos e não viu essa senhorinha, sentada em sua cadeira e rezando crianças, jovens e adultos? “Aqui todos me conhecem. Várias gerações já passaram por mim. As crianças que eu benzi no passado, trazem seus filhos e esses filhos trazem seus netos”, conta a meiga senhora.
Quando não está benzendo, dona Toinha está fazendo o que mais gosta: tecendo tapetes. O segredo da longevidade, segundo ela, está em viver cercada pela família. “É preciso cultivar o amor. Amo a minha família e eles me dão forças para continuar a minha jornada”, diz dona Toinha, mulher guerreira do sertão que sempre fez o bem, sem cobrar nada das pessoas.
“Esse é um dom que eu tenho e não poderia cobrar. Mas, ganho muitos presentes, especialmente malha para eu poder fazer tapetes. E, assim vou vivendo. Feliz”, concluiu dona Antônia que vive cercada de seus maiores amores: a nora Gardênia, do filho José Inácio Neto e dos netos Thales, Theles e Thierri. Para comemorar a data também recebeu a visita da prima, a irmã Gervásia Brasil, de 81 anos de idade.
Texto: Yara Okubo
Fotos: Tião Pereira
Fotos: Tião Pereira
FONTE; www.giraparnamirim.com.br
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